Dividindo as dúvidas e os conhecimentos

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Como não só médicos, mas outros profissionais de saúde estão envolvidos no tratamento dos pacientes portadores de HIV/AIDS, formalmente estão sendo convidados a participar das discussões, enviar casos e dúvidas. Para enviar um caso ou uma dúvida, clique no final de um caso, em comentário, mesmo que não seja diretamente relacionado a ele. Será visto pela adminstradora do blog e será publicado. Se não tiver uma identidade das listadas, publique como anônimo.

Ao publicar este blog minha intenção é criar uma rede de médicos que, por meio da discussão de casos clínicos, possam atender ainda melhor seus pacientes. As dúvidas também podem ser transformadas em situações hipotéticas sobre as quais poderemos debater. Todos os interessados são bem vindos.

30/05/10 Alteração nas postagens:
Ao criar o novo nome para o nosso blog, tive que passar todos os comentários do antigo para cá e por vezes errei, colei 2 vezes ou em lugar errado e tive que apagar. É por isso que está aparecendo que algumas postagens foram excluídas por mim. Pior: não consegui copiar os seguidores para este blog.
Desculpa, mas sou uma blogueira iniciante e errante.
Tânia

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Caso 29- Gestante com plaquetopenia grave

Motivo da discussão:
1. Avaliar risco-benefício de iniciar AZT para gestante com plaquetopenia grave.
2. Avaliar risco-benefício do aumento da dose do lopinavir-ritonavir no último trimestre da gestação.


Caso: Mulher, 28 anos, gestante, 16 semanas (G1P0A0).
Ao realizar exames laboratoriais da primeira consulta de pré-natal, foi constatato plaquetopenia (plaquetas 28.000 - jan/2010). Ficou internada para propêutica desta plaquetopenia. Realizado anti-HIV com resultado positivo (resultado confirmado). Paciente comparece para primeira consulta em serviço de infectologia. Solicitado CD4 e carga viral: resultados ainda não-disponíveis.Sorologias para toxoplasmose, Epstein Barr, herpes vírus, CMV com IGM negativos. Sorologia para hepatites virais: negativo. Repetido hemograma: plaquetas 16.000. Paciente assintomática.

Questões:
1. Considerando os benefícios do AZT em gestantes e o risco de mielotoxicidade, qual o melhor ITRN a ser indicado para esta paciente?
2. Os benefícios do aumento da dose do lopinavir/ritonavir no último trimestre da gestação superam os riscos do surgimento de efeitos adversos com possibilidade de abandono do tratamento?
Obrigada, Maria

3 comentários:

  1. Olá Maria:
    Obrigada pelo caso.
    Descartadas outras causas de plaquetopenia, o próprio HIV pode ser a causa da mesma. Neste caso, o início da TARV deverá aumentar o número de plaquetas. Embora com monitoramente frequente não acho que plquetopenia seja contra-indicação para AZT. Caso médico e/ou paciente sintam-se desconfortáveis com a prescrição de AZT, ddI EC poderia ser uma altermnativa. 3TC tudo bem.
    Ainda não há uma conclusão sobre a dose ótima de LPV/r na gravidez. Há quem recomende dose standard e usar CV para monitorar. Outros acham que a dose deve ser aumentada de 2 para 3 cp 2 x dia no terceiro trimestre, retornando a dose normal após o parto.

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  2. Paulo Roberto Santos11 de março de 2011 às 15:33

    Prezados, concordo com a Tânia, a plaquetopenia não contraindica o uso do AZT e ele deve fazer parte de um esquema triplo profilático para transmissão vertical e/ou terapêutico para a mãe (dependendo do CD4) em função da enorme experiência com ele em gestantes com claro benefício.
    Quanto ao lopinavir eu faria a dose standard, já que a paciente é virgem de tratamento e a maior discussão sobre o aumento da dose gira em torno das pacientes experimentadas, com maior risco de desenvolverem mutações de resistência e falha virológica. Também vale a pena lembrar que nas gestantes o lopinavir não deve ser feito em dose única diária. Abraços, Paulo Santos

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  3. Esqueci de comentar que com plaquetas tão baixas não me arriscaria a apostar em HIV no escuro e puncionaria a medula da paciente.
    Bj
    Tânia

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