Dividindo as dúvidas e os conhecimentos

Novidades no blog
Como não só médicos, mas outros profissionais de saúde estão envolvidos no tratamento dos pacientes portadores de HIV/AIDS, formalmente estão sendo convidados a participar das discussões, enviar casos e dúvidas. Para enviar um caso ou uma dúvida, clique no final de um caso, em comentário, mesmo que não seja diretamente relacionado a ele. Será visto pela adminstradora do blog e será publicado. Se não tiver uma identidade das listadas, publique como anônimo.

Ao publicar este blog minha intenção é criar uma rede de médicos que, por meio da discussão de casos clínicos, possam atender ainda melhor seus pacientes. As dúvidas também podem ser transformadas em situações hipotéticas sobre as quais poderemos debater. Todos os interessados são bem vindos.

30/05/10 Alteração nas postagens:
Ao criar o novo nome para o nosso blog, tive que passar todos os comentários do antigo para cá e por vezes errei, colei 2 vezes ou em lugar errado e tive que apagar. É por isso que está aparecendo que algumas postagens foram excluídas por mim. Pior: não consegui copiar os seguidores para este blog.
Desculpa, mas sou uma blogueira iniciante e errante.
Tânia

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terça-feira, 20 de maio de 2014

Caso 89- Feminina, 52 anos infecção recente por HIV- iniciar ou não TARV?

Motivo da discussão:
Paciente ainda  na fase de infecção precoce pelo HIV (maio-2014), que é considerada até 6 meses de aquisição da infecção, mas não mais na fase aguda. Imunidade adaptativa e reservatórios já instalados.

O benefício de iniciar TARV nessa fase superariam os custos de uma toxicidade cumulativa?

Caso clínico:
Pc. feminina, 52 anos, iniciou, dia 24/03/14, com adinamia intensa, mialgia, poliartralgia agudizada, náuseas, vômitos, dor em ambos olhos, hiporexia, inflamação na garganta e tosse não produtiva. Relata ter apresentado febre baixa (até 38,7ºC), aferida irregularmente, por cerca de 10 dias. No 4º-5º dia de início dos sintomas, surgiu exantema  maculopapular eritematoso difuso e não pruriginoso. Teve uma avaliação médica nessa fase exantemática. Em 16/04, avaliada por infectologista, queixando-se apenas de adinamia e hiporexia e já sem anormalidades no exame físico, exceto conjuntivas levemente hipocoradas.
Em 31/0314: VDRL, FAN, IgG e IgM para dengue e Epstein barr, IgM para CMV,  anti-HCV, anti-corpo anti-Ro (SSA) e anti-La (SSB) não reagentes ; IgG+ para CMV, prot. C reativa normal, TGP-34, hemograma sem anormalidades, VHS- 8 mm em 60 min.; EAS:  Hb-+, hemácias- 4/c, piócitos- 8/c
Em 06/04/14: hemograma: Hb-10,4, Htc.-31%, leucócitos-6.200 (eram 5.510) com bt-3/sg-36/linf-56/mon-5 e 10% de linfócitos atípicos, plaquetas-183.00 (eram 234.000), TGP-20, TGO-32, gamaGT-74, FA normal, Bbs normais e anti-HIV (EIE) reagente.
Em 16/04/14: anti-HIV – triagem reagente (EIE - Kit Murex Ag/Ab HIV combinado da Abbott e imunoensaio de micropartículas por quimioluminescência – Kit HIV Ag/Ab COMBO Architet System da Abbott) e Immunoblot rápido DPP HIV 1/2 (Bio Manguinhos) indeterminado, bandas reagentes GP41 e P24, bandas pesquisadas HIV-1: gp120, gp160, gp41 e p24; do HIV-2: gp36
Obs: Ambos testes de triagem apresentaram títulos bem elevados e bastante superiores ao cut-off.
Em 06/05/14: teste de triagem para anti-HIV reagente (EIE), imunoblot indeterminado evidenciando as mesmas bandas e western blot reagente.
Apenas o 1º teste de triagem para anti-HIV não foi realizado no LACEN.
Em 12/04/14: CV-HIV- 7.986, log-3,902, CD4-652 (35%)

Seu atual parceiro, com quem está há dois anos, revelou seu diagnóstico de HIV+ durante a investigação diagnóstica da paciente. Trata-se de um indivíduo que não aderiu ao tratamento e que teve, em 12/04/14, CD4-88 e CV de quase 60.000 cópias/ml.

Tabela 4 – Classificação de Fiebig para Estagiamento Laboratorial da Infecção pelo HIV.