Homem, 58 anos, é portador de AIDS desde 1995. Nessa época, o paciente teve tuberculose pulmonar. O primeiro esquema antirretroviral foi 3TC + ZDV + EFV, depois trocado por 3TC + TDF + EFV.
Devido à drogadição NA ÉPOCA, teve problemas com adesão, o que levou a falha virológica.
Estando em uso de 3TC + TDF + EFV, foi coletada genotipagem (12/6/2012), que revelou as seguintes mutações:
Transcriptase reversa: M41L, L74I, V75IV, M184V, T215Y, A98G, L100I, K103N, Y181CY, G190AG.
Protease: Nenhuma mutação.
Foi orientado o seguinte esquema: 3TC + TDF + IP/r. O profissional que o assistia na época escolheu como inibidor de protease o atazanavir.
Desde então muito aderente ao tratamento. Mesmo assim, o paciente algumas vezes apresentou carga viral detectável (veja tabela).
Comorbidades: obesidade, doença do refluxo gastroesofágico, doença degenerativa da coluna lombar (osteoartrite e hérnia de disco) e osteopenia importante. A necessidade frequente de antiácidos (devido à DRGE e ao uso frequente de anti-inflamatórios não esteroidais) fez com que eu trocasse duas vezes o inibidor de protease. Não tolerou o lopinavir, nem o Fosamprenavir, devido à diarreia e ao meteorismo. Portanto, atualmente em uso de 3TC + TDF + ATV/r, com a orientação de tomar somente hidróxido de alumínio se necessário, respeitando um intervalo de pelo menos 4 horas antes de tomar os antirretrovirais.
Contagem de linfócitos T-CD4+
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HIV-RNA
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Observação
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27/2/2012
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55,548
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244
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Durante um período ficou sem médico infectologista. Fui assumi-lo em 16/1/2013.
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7/3/2013
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indetectável
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584
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9/12/2013
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47
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611
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3/6/2014
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83
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571
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Mudou-se de município. Como não deu certo a mudança, retornou à cidade onde trabalho e retomou o seguimento no dia 14/4/2015.
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15/6/2015
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indetectável
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328
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O que você faria?